terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Minicurso: Panorama da Literatura Amazônica para a formação de um pensamento crítico.

Prof. Dr. Yurgel Pantoja 
 (Universidade Federal do Amapá)


Ementa: Qual representação se quer da Amazônia no contexto atual da construção de um pensamento crítico na região? A rigor, o nome “Amazônia” constitui-se recentemente, pois a designação desse imenso e riquíssimo território data de um discurso colonial que passou a formular as Capitanias do Maranhão e Grão-Pará (1621), Grão-Pará e Maranhão (1751) e Grão-Pará e Rio Negro (1772). Tais designações para aquilo que seria depois tida e havida como “Amazônia” ainda percorria o período republicano quando, à época do Regime Militar (1964-1984), a Amazônia passa então a ser reconhecida como esta região que absorve várias representações em diversos campos do conhecimento. No percurso literário amazônico, há vários exemplos de narrativas que se movem num espaço onde são encenadas lutas ferrenhas entre a barbárie concreta de uma geografia desconhecida e o homem moderno e civilizador. Nesse contexto, chamam a atenção algumas obras basilares na formação do conceito de espaço sobre a região, desde os primeiros cronistas, como o Frei Carvajal (séc. XVI) até os romances de Dalcídio Jurandir (séc. XX) e Milton Hatoum (sécs. XX-XXI), passando por obras emblemáticas, como o poema épico Muhuraida (H. J. Wilkens, séc. XVIII) e a prosa de Inglês de Souza (séc. XIX). Assim, a proposta deste minicurso é, ao apresentar um panorama da literatura de expressão amazônica, aplicar uma lógica de cunho crítico a essa produção a partir de alguns modelos de desenvolvimento que se impuseram sobre o espaço amazônico, tanto do ponto de vista estético-literário quanto do político-econônimo.

(Minicurso J)

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